Oradores

No actual contexto educativo, a integração de competências do século XXI tornou-se uma necessidade urgente. Estas competências, que incluem capacidades como o pensamento crítico, a criatividade, a colaboração e a comunicação, são essenciais para que os alunos se adaptem e prosperem num mundo em constante mudança. Contudo, o seu desenvolvimento efetivo requer uma abordagem pedagógica que transcenda o ensino tradicional. Neste sentido, as funções executivas do cérebro desempenham um papel fundamental, pois são fundamentais para a regulação do comportamento, a tomada de decisões e a resolução de problemas.

As metodologias ativas, como o ensino baseado na investigação ou o processo de projeto de engenharia, entre outras, têm-se revelado ferramentas eficazes para promover estas competências nos alunos rumo à literacia STEAM. Através destas estratégias, os alunos não só adquirem conhecimentos teóricos, como também têm a oportunidade de aplicar o que aprendem em contextos práticos e colaborativos, o que potencia o desenvolvimento das suas funções executivas. Estas metodologias promovem uma aprendizagem significativa onde os alunos se tornam protagonistas do seu processo educativo.No entanto, o sucesso da implementação destas metodologias ativas está intrinsecamente ligado à figura do professor, que atua como facilitador e orientador na sala de aula. A formação e a formação contínua dos professores são cruciais para que possam conceber experiências de aprendizagem que abordem simultaneamente as funções executivas e as competências do século XXI. Um professor capacitado pode criar um ambiente de aprendizagem dinâmico que inspire os alunos a explorar, experimentar e aprender de forma autónoma. Assim sendo, esta apresentação procura evidenciar a interligação entre as competências do século XXI, as funções executivas e as metodologias ativas, enfatizando a importância do papel do professor na criação de um ambiente educativo que promova o desenvolvimento integral dos alunos. Desta forma, pretende-se formar indivíduos não só com conhecimentos, mas também com as competências necessárias para enfrentar os desafios e as oportunidades do futuro.

Oradores

Eva_María López Perea, Universidad de Burgos

É doutorada em Ciências da Educação pela Universidade de Burgos (2018, com a distinção Outstanding Cum Laude) e licenciada em Educação (2008). Actualmente trabalha como professora contratada no Departamento de Ciências da Educação da mesma universidade. As suas principais linhas de investigação incluem a neurodidáctica e a qualidade dos serviços sociocomunitários. Apresentou mais de 40 comunicações em conferências nacionais e internacionais e publicou numerosos artigos e capítulos de livros, com destaque para os indexados na WOS e Scopus (JCR), bem como em prestigiadas editoras, focadas no desenvolvimento comunitário, na animação sociocultural e no ensino-aprendizagem.

María Diez-Ojeda, Universidad de Burgos

É doutorada em Ciências Experimentais, com especialização em Ciências e Engenharia do Ambiente pela Universidade de Burgos. Actualmente é professora na área de Didáctica das Ciências Experimentais na Faculdade de Educação da mesma universidade. É coordenadora da área infantil e primária da Estação Científica e Tecnológica de Burgos e colabora com a Unidade de Cultura Científica e Inovação da mesma universidade. Como investigadora principal, dirigiu numerosos projectos competitivos nacionais e internacionais. As suas linhas de investigação centram-se na formação inicial de professores em educação científica e na promoção de vocações científicas a partir da abordagem STEAM.

A produção acadêmica no campo de políticas educacionais em distintos países vem destacando os efeitos que a ascensão de políticas conservadoras, em aliança com as agendas neoliberais e gerencialistas anteriormente instaladas, vêm provocando na própria noção de direito à educação. Diferentemente de contextos anteriores, em que os embates se davam, sobretudo, entre setores sociais que afirmavam o conteúdo democratizante do direito humano à educação inscrito em normas do direito internacional, constituições e leis e vertentes reformistas que objetivavam limitar o alcance da própria noção de direitos; nas reformas impulsionadas pela nova aliança liberal-conservadora é o próprio conteúdo dos direitos fundamentais que passa a ser disputado e reescrito em novas bases.

Este processo de “juridificação reativa” tem como eixos comuns e transnacionais a profunda ressignificação da noção de liberdade e a afirmação da precedência da família (e, portanto, do privado) em matéria de educação, moralidade e sexualidade. Estabelece, por essa via, as bases de uma nova dogmática conservadora para os direitos humanos em geral e para o direito à educação em particular, favorecendo políticas de privatização e segregação escolar, expansão do ensino domiciliar (homeschooling) e maior controle sobre o trabalho docente e os estudantes (militarização). Ou seja, trata-se de uma (re)naturalização do papel da família e das desigualdades, que além de cumprir seus propósitos imediatos nas disputas sobre a moralidade que mobilizam os campos religioso e político, tem o efeito de repor a potência reformista do neoliberalismo educacional em escala mundial.

Nesse sentido, nossa hipótese é que a juridificação impulsionada desde as novas coalizões nacionais de caráter liberal-conservadora constituiu-se na última década como uma das principais vertentes transnacionais de disputas sobre o sentido e o conteúdo do direito à educação, com profundo potencial de impacto no desenho das políticas educacionais, ainda que essa agenda se manifeste em distintas formas, proporções, tempos e instâncias em cada realidade nacional e local.

Diante desse cenário, o trabalho apresenta resultados de pesquisa em andamento, desenvolvida com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que objetiva avançar na definição conceitual sobre as distintas e, por vezes, opostas vertentes de juridificação da educação que caracterizam os embates contemporâneos sobre o conteúdo do direito à educação. Para isso, o trabalho parte da noção sociológica de juridificação, desenvolvendo-a e aplicando-a aos embates que demarcam o campo de políticas educacionais. Tal noção permite uma construção teórica sobre a relação entre direito e políticas educacionais que seja ao mesmo tempo crítica – por ancorar o fenômeno da juridificação no desenvolvimento e nos influxos do Estado social – e instrumental a quem atua no campo das políticas educacionais em todos os níveis. Com isso, superamos tanto visões excessivamente formalistas e fragmentadas da literatura jurídica tradicional quanto abordagens idealistas e normativas que desconsideram a complexidade das disputas em torno do direito à educação.

Orador

Salomão Barros Ximenes

salomao@usp.br
Professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE – USP), junto ao Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação (EDA). Membro do Programa de Pós-Graduação em Educação da USP e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC (UFABC). Doutor em Direito do Estado (USP) e Mestre em Educação Brasileira (UFC). É pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e editor-associado da revista Educação & Sociedade. Coordena o Observatório de Políticas Educacionais do Grande ABC, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e é membro da equipe do Observatório Nacional da Violência contra Educadores (ONVE). É membro do Grupo de Trabalho (GT) Políticas Educacionais e Direito à Educação do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO), da Rede Escola Pública e Universidade (REPU), da Articulação contra o Ultraconservadorismo na Educação e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Política Educacional e Trabalho Docente (INCT Gestrado).

O Reino Unido tem uma longa história de proporcionar educação ao ar livre para jovens. Essas experiências e programas geralmente ocorrem como parte de excursões escolares e são oferecidos em Centros de Educação ao Ar Livre, construídos para esse fim, longe de casa ou do ambiente escolar. À medida que as necessidades dos alunos evoluem, a oferta de educação ao ar livre teve que se desenvolver para atendê-las.
Políticos e educadores exigem que os prestadores de educação ao ar livre adotem uma abordagem baseada em evidências para garantir que a Aprendizagem ao Ar Livre de Alta Qualidade aconteça. Os governos da Inglaterra, Escócia e País de Gales elevaram recentemente o perfil da questão, debatendo novos projetos de lei sobre educação ao ar livre para tornar o acesso à educação ao ar livre residencial um direito para todos os jovens em idade escolar.
Esta palestra abordará aspetos da história da oferta de educação ao ar livre no Reino Unido, o estado atual e novos desenvolvimentos e oportunidades para o futuro. Espera-se que isso forneça um contexto útil e um ponto de partida para discussões sobre maneiras de incorporar a educação ao ar livre nos programas educacionais portugueses.

Orador

David Squire

David Squire é um líder na educação ao ar livre, com mais de 33 anos de experiência na gestão e inovação de programas educativos. CEO da Blackwell Adventure, dirige dois centros que proporcionam experiências transformadoras a milhares de jovens anualmente.

Desde 2021, preside à Association of Heads of Outdoor Education Centres (AHOEC), promovendo políticas e colaborações no setor. Ao longo da sua carreira, liderou e desenvolveu centros educativos de grande escala, garantindo qualidade, segurança e impacto positivo para centenas de milhares de jovens.

Referência na melhoria da segurança, acessibilidade e impacto da educação ao ar livre, é também um orador dinâmico e defensor do setor, trabalhando para garantir que todos os jovens beneficiem destas experiências formativas.

A Inovação e a Pedagogia estão no cerne do desenvolvimento do currículo tendo em conta o que sabemos da investigação que se vem desenvolvendo há mais de 100 anos acerca das possibilidades de podermos melhorar como se ensina e como se aprende. Neste sentido, tem-se mostrado relevante investigar e refletir a partir de uma discussão profunda acerca das relações entre inovação, pedagogia, currículo e avaliação. Nesta comunicação, apresentam se e discutem-se questões críticas que têm emergido da investigação e das práticas escolares e que estão associadas à transformação da Escola e do que e como se pode aprender com compreensão, profundidade e real interesse.

Orador

Domingos Fernandes

É Presidente do Conselho Nacional de Educação, eleito pela Assembleia da República, desde 9 de junho de 2022. Professor Catedrático, jubilado, na Escola de Sociologia e Políticas Públicas do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e investigador integrado no CIES-IUL – Centro de Investigação e Estudos de Sociologia. Ao longo de 17 anos foi coordenador de programas de Mestrado e de Doutoramento na especialidade de Avaliação em Educação na Universidade de Lisboa. Os seus principais interesses nos domínios da investigação e do ensino são a Avaliação de Políticas Públicas de Educação, as Políticas de Formação de Professores e Políticas Curriculares, a Teoria da Avaliação, as Políticas e Práticas de Avaliação Pedagógica e as Relações entre Currículo, Pedagogia e Avaliação. Foi professor visitante numa diversidade de universidades internacionais tais como a Texas A&M University, nos Estados Unidos, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), no Brasil, e a Universidade de La Salle, na Colômbia. Tem sido investigador principal de projetos de investigação e de avaliação, nacionais e internacionais, financiados no âmbito de concursos públicos, e de contratos de prestação de serviços. É autor de cerca de 200 publicações e de 300 comunicações nacionais e internacionais. Nos últimos três anos coordenou os seguintes projetos de investigação: Políticas educativas e desempenho de Portugal no PISA (2000-2015), financiado pelo POCH, Fundo Social Europeu e Portugal 2020 (2017-2018); Avaliação de Competências dos Professores do Ensino Secundário de São Tomé e Príncipe, financiado pelo Instituto Camões (2018-2019); e Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (Projeto MAIA), financiado pelo POCH, Fundo Social Europeu e Portugal 2020 (setembro 2019-março 2022). O seu artigo mais recente intitula-se “Educação, sociedade e democracia: o legado de John Goodlad”, publicado em maio de 2022 na revista Estudos Avançados do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, Brasil. O seu livro mais recente, intitulado Avaliar e aprender numa cultura de inovação pedagógica, foi publicado em abril de 2022 pela Editora Leya. O seu relatório de investigação mais recente, que coordenou e redigiu em co-autoria, intitula-se Para uma avaliação pedagógica: dinâmicas e processos de formação no âmbito do Projeto MAIA e foi publicado em linha em setembro de 2021.

Sinopse da Oficina: 

Esta oficina visa explorar a utilização de materiais jurídicos como ferramenta didáctica no ensino de fenómenos sociais e culturais. A sessão envolve dois momentos. Começa com um breve enquadramento sobre o modo como o direito se manifesta na vida quotidiana e funciona como testemunho de crenças, memórias e valores. De seguida, é desenvolvido um exercício prático a partir de enunciados provenientes de leis, queixas, interrogatórios, acusações, sentenças e/ou perícias. A sua leitura e discussão colectiva permitirá pôr em evidência a potencialidade documental das normas, dispositivos e argumentação jurídica, reflectindo consensos e tensões culturais que, mais ou menos conscientemente, atravessam e interpelam a sociedade.  

Orador

Tiago Ribeiro

Licenciado, mestre e doutorando em Sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. É investigador júnior do Centro de Estudos Sociais desde 2007 e trabalhou no Observatório Permanente da Justiça até 2014. Lecciona diversas unidades curriculares ligadas às ciências sociais na ESECS-IPL, onde é assistente convidado desde 2009. A sua área de investigação é focada nos estudos culturais do direito, com incidência no significado jurídico do sexo.

Sinopse da Oficina: 

Esta oficina prática e dinâmica pretende demonstrar como atividades de aprendizagem experiencial de baixa complexidade podem fortalecer o trabalho em equipa, a resiliência, a capacidade de resolução de problemas e as competências de comunicação. Além disso, será dada especial atenção à gestão do risco, promovendo práticas seguras e responsáveis no contexto das atividades ao ar livre. A sessão está alinhada com alguns dos objetivos definidos no recente guia Aprendizagem ao Ar Livre de Alta Qualidade, publicado no Reino Unido em 2025.  

Orador

David Squire

David Squire é um líder na educação ao ar livre, com mais de 33 anos de experiência na gestão e inovação de programas educativos. CEO da Blackwell Adventure, dirige dois centros que proporcionam experiências transformadoras a milhares de jovens anualmente.

Desde 2021, preside à Association of Heads of Outdoor Education Centres (AHOEC), promovendo políticas e colaborações no setor. Ao longo da sua carreira, liderou e desenvolveu centros educativos de grande escala, garantindo qualidade, segurança e impacto positivo para centenas de milhares de jovens.

Referência na melhoria da segurança, acessibilidade e impacto da educação ao ar livre, é também um orador dinâmico e defensor do setor, trabalhando para garantir que todos os jovens beneficiem destas experiências formativas.

Oradora

Sinopse da Oficina: 

Esta oficina tem como objetivo principal dinamizar práticas de mediação do livro e da leitura, bem como de contos de tradição oral. O foco é promover e incentivar a interação com os livros e com as histórias contadas oralmente, utilizando diferentes estratégias e atividades.  

Liliana Gonçalves

Liliana Gonçalves é Bibliotecária de profissão, dedica-se às artes performativas de animação infanto-juvenil e ao Teatro. Escreve, conta e reconta histórias e é animadora e mediadora do livro e da leitura.

Oradora

Sinopse da Oficina: 

Esta oficina pretende mostrar as possibilidades de exploração de conceitos matemáticos a partir das estruturas e ritmos de coreografias de danças tradicionais. Assim como as noções de geometria, nomeadamente simetrias, figuras geométricas, ângulos e distâncias, que facilitam a realização da dança de forma mais rigorosa.
Será realizada a aprendizagem de uma dança e a sua representação em papel com uma metodologia de estilo de ensino exploratório.

Duração da Oficina: 90 minutos
N.º máximo de participantes: 25

Mercedes Prieto

Mercedes Prieto é natural da Galiza, doutorada em Ciências da Educação no ano 2018 pela Universidade de Évora. O tema da sua tese foi “A dança como contexto para a aprendizagem da matemática”. Atualmente é formadora do Plano Nacional das Artes, dando formação para professores em todo o território. Trabalha em escolas com o programa artístico MUS-E. Também tem projetos de animação e performance como o grupo Pesdelã, Armadanzas, Zampadanças, entre outros. Autora de materiais didáticos e de artigos científicos.

– É professor coordenador principal na ESECS-IPLeiria, investigador integrado do Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, e investigador do CICS.NOVA.IPLeiria. É licenciado em Sociologia pelo ISCTE e mestre em Análise Social da Educação pela Universidade de Boston, tendo obtido doutoramento e agregação em Ciências da Educação pela Universidade do Porto. Com experiência etnográfica, desenvolve investigação em torno da relação escola-família, da educação e mediação interculturais, e das tecnologias de informação e comunicação em contexto socioeducativo. 

É licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre em Análise Social da Educação pela Universidade de Boston e doutorada em Literacias e Educação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Foi investigadora no Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas, da mesma universidade. Foi professora do ensino básico e superior (nomeadamente na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa), administradora da Fundação de Serralves, comissária do Plano Nacional de Leitura e Ministra da Educação. É consultora do Presidente da República para a área da educação, assim como membro do Conselho Consultivo do EDULOG – Fundação Belmiro de Azevedo, e, entre outras actividades e publicações, é autora, com Ana Maria Magalhães, da colecção Uma Aventura.

É licenciada em Ciências da Educação pelo Instituto de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Genebra, onde também lecionou; é mestre em Análise Social da Educação pela Universidade de Boston; e é doutora honoris causa pelo ISPA. Tendo coordenado e participado em múltiplas publicações orientadas para a formação de professores, foi directora da Revista Noesis, directora pedagógica de vários programas televisivos (como a Rua Sésamo), Presidente do Instituto de Inovação Educacional do Ministério da Educação, Presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Artística e de Educação pela Arte e Presidente do Conselho Nacional de Educação. É ainda Professora Emérita da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal.

É compositor, intérprete e escritor. Estudou Economia e Psicologia, foi realizador e actor de cinema e teatro. Editou o primeiro álbum – Os Sobreviventes – em 1971 e, desde então, cerca de uma vintena de discos originais, com vários outros ao vivo e muitas colaborações. Publicou em 2007, para crianças e para o resto, O pequeno livro dos medos, e, mais recentemente, os romances Coração mais que perfeito, Estocolmo e Vida e morte nas cidades geminadas. Canções como O primeiro dia, Com um brilhozinho nos olhos, Liberdade, A noite passada, mas também Um tractor, Tem ratos ou 2º andar, direito, figuram na memória simbólica e afectiva do Portugal contemporâneo.

Resumo:
A aprendizagem outdoor favorece o contacto com a natureza, a observação, a recolha e análise de dados e a reflexão, constituindo-se como um recurso complementar à abordagem STEAM; porque promove a interdisciplinaridade, a transferibilidade entre diferentes áreas disciplinares e a aprendizagem em contexto. Perante estas potencialidades, foi desenvolvido um projeto de investigação, financiado pelo Centro de Investigação em Qualidade de Vida (CIEQV), com a finalidade de compreender a utilização pedagógica dos educadores e professores acerca dos espaços exteriores da escola. Para o efeito, o questionário aplicado a um agrupamento de escolas da cidade de Santarém, demonstrou que embora os educadores e professores reconheçam o potencial da aprendizagem outdoor, esta abordagem não é amplamente praticada nas escolas. Foram mencionadas barreiras como a falta de conhecimento e confiança dos professores, questões de segurança, requisitos curriculares e pressões organizacionais nas escolas. No entanto, de acordo com as perspetivas dos inquiridos, a formação pode desempenhar um papel fundamental para a mudança das práticas. Perante estes resultados, encontra-se em desenvolvimento uma oficina de formação dirigida a professores do 1.º Ciclo. Nesta fase do projeto serão analisados os dados provenientes da observação das sessões de formação, das produções dos formandos, das entrevistas e da aplicação de um questionário, de forma a avaliar o impacto do programa na evolução das perceções dos participantes sobre a utilização pedagógica do espaço exterior; e na sua capacidade de planificar e implementar propostas didáticas seguindo uma abordagem STEAM Outdoor.

Palavras-chave: aprendizagem outdoor; educação STEAM; formação contínua de professores.

Marisa Correia

Marisa Correia é professora no Instituto Politécnico de Santarém (Escola Superior de Educação). Licenciada em Química e Física, Mestre em Educação pela Faculdade de Ciências – Universidade de Lisboa e Doutorada em Educação em Ciências pelo Instituto de Educação – Universidade de Lisboa (IE-UL). Pós-graduada em Educação e Tecnologias Digitais pelo Instituto de Educação – Universidade de Lisboa. Realizou um programa de Pós-Doutoramento no IE-UL, no âmbito do Projeto GoSTEM, financiado pela FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia). Coordena a Área Científica Educação para a Qualidade no Centro de Investigação em Qualidade de Vida (CIEQV). Coordena o programa de pós-graduação em Educação STEAM. Autora de vários recurso educativos digitais (RED) premiados. Desenvolve investigação e cursos na formação inicial e contínua de professores nas áreas da Didática das Ciências, Educação STEM/STEAM, Ambientes de Aprendizagem Inovadores/Inclusivos, Tecnologias Digitais na Educação para o etwinning/European Schoolnet e a Direção-Geral da Educação, entre outras instituições.

Trata-se de um Projeto de criação/conceção, intervenção e investigação, baseado no jogo desportivo Tripela criado em 2008 por Rui Matos. Com efeito, a partir da criação da Tripela, a sua divulgação nacional e internacional abriu novos horizontes e desafios. Um desses desafios, constatado o potencial coordenativo do gesto-base da modalidade desportiva criada, foi (e continua a ser) o de criar um teste de coordenação motora grossa que permitisse, de forma expedita, avaliar essa mesma coordenação. Agora, é já de competência motora que estamos a falar, construto mais amplo e de maior potencial de desenvolvimento. Neste painel, é nossa intenção dar a conhecer este trajeto, mostrando o início, o trajeto e os principais resultados já alcançados e a alcançar ao logo do tempo.

Nuno Amaro
Professor in Human Movement Science at the Department of Sport, Exercise and Health, at School of Education and Social Sciences – Polytechnic of Leiria;

His main areas of teaching include Physical Activity and Health, Swimming and Water Fitness and Internship. 

He created two programmes of Physical Activity in Polytechnic of Leiria: PAFE® – physical activity for the IPL students and PAFL – Labour Physical Activity. 

Full member of the Research Center in Sports Sciences, Health Sciences and Human Development (CIDESD). His main interest areas of research are Strength & Conditioning among all ages; Physical Activity as a tool for Health and Tripela. 

Area of expertise: Strength & Conditioning and swimming performance; Physical Activity and Health; Motricity for Children and Tripela. 

Academic habilitation
PhD in Sports Sciences
Master in Sports Sciences
Degree in Physical Education

Some Professional Expertise
16 years’ experience on higher education institutions;
Coordinator of the Sports and Well-being Degree course from October 2018 to October 2021.
Co-coordinator of Tripela, a team sport created by Rui Matos, since 2009;
Collaboration with scientific and opinion articles, for several years, in different local and regional newspapers.

Scientific outcomes
More than 50 scientific productions, among conferences, papers, posters, books and book chapters;
Member of the scientific committee in various conferences;
Reviewer of several articles for different scientific journals;

Ciência Vitae: https://www.cienciavitae.pt//pt/E319-6A71-D3DB
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8160-8007
Researcher ID: https://publons.com/researcher/2450054/nuno-mpa-amaro/

Rui Matos
Professor in Human Movement Science at the Department of Sport, Exercise and Health, at School of Education and Social Sciences – Polytechnic of Leiria;

He has expertise in motor development, motor control and motor learning. 

Coordinator of Healthy Campus Project on Polytechnic of Leiria (maximum certification) 

FISU Healthy Campus auditor for 2024-2025 

Academic habilitation
PhD on Human Movement Sciences
Master in Motor Development
Degree in Physical Education

Some Professional Expertise
35 years’ experience on higher education institutions;
Dean (2013/2017) of School of Education and Social Sciences of Polytechnic Institute of Leiria;
Young Female National Team Handball coach (1997-1999);
Creator of Tripela, a team sport, in 2008;
Vice-Coordinator of CIDESD (Research Center in Sports Sciences, Health Sciences and Human Development);
Lecturer in several coaches’ and referees’ training courses of different sports, namely football and futsal;
Collaboration with scientific and opinion articles, for several years, in different local and regional newspapers.

Scientific outcomes
More than 100 scientific productions (60 Scopus), among conferences, papers, posters, books and book chapters;
In 2010, he won the Fernando Lavrador prize for the best communication in the first International Conference of Cinema of Avanca Film Festiva, ex-aequo, among around 140 communications from 20 countries researchers;
Member of the scientific committee in various conferences;
Member of I-COMDR (The International Consortium of Motor Development Research)
Member of the editorial board of national and international journals;
Reviewer of several articles for different journals;
Invited as a keynote speaker in national and international Conferences

Orcid: 0000-0002-2034-0585; 
ID CIÊNCIAVITAE: E91C-D6C7-62A5; 
Scopus Author ID: 55315503400; 
Web of Science ResearcherID: T-3119-2019. 

Other outcomes 
Writer for, mainly, an infant juvenile public (more than a dozen books); 
Several literary prizes, namely award (best tale) in the 1st Literary Contest of the National Association of Poets and Prosators, 2009; 
He is, by now, an external expert, recognized by the Portuguese Education System, at some basic and secondary schools for pedagogical innovation 

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Resumo:
Este Simpósio visa apresentar o trabalho de um grupo de pesquisa que integra docentes de quatro instituições portuguesas (Escola Superior de Educação – ESE Santarém, ESE Setubal, ESE Portalegre e ESE Leiria), quatro brasileiras (Universidade Federal de São Carlos, Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal de São Paulo e Universidade Federal de Juiz de Fora) e uma de França (Centro Regional de Formação de profissionais da Infância), ligadas à investigação e formação no trabalho docente para as primeiras idades. No âmbito do convênio estabelecido entre os três países, estão organizadas duas linhas de pesquisa, a saber: uma relacionada com as práticas educativas (crianças dos zero aos seis anos) e outra relacionada com o trabalho de formação das e dos profissionais que trabalham com esse grupo etário. Num primeiro momento, estamos a privilegiar a caracterização dos contextos socioeducativos dos três países e as práticas formativas das nove instituições. Neste trabalho, especificamente, partimos do estudo da educação para a cidadania, com um particular destaque às questões de género, analisando as orientações curriculares existentes em cada país e o trabalho feito a nível da formação, em cada uma das instituições.

Dinamizadores do Simpósio 
Maria João Cardona – ESE_ IP de Santarém 
Andrea Braga Moruzzi – Universidade Federal de S. Carlos 
Carolina Alvarenga – Universidade Federal de Lavras 
Daniela Finco – Universidade Federal de S. Paulo 

Maria João Cardona
	Professora Coordenadora com agregação da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém.Doutoramento e Mestrado em Ciências da Educação; Licenciatura em Psicologia; Curso de Educadora de Infância. Autoria de publicações e coordenação de projetos (inter)nacionais no âmbito da educação /formação para as primeiras idades, nomeadamente sobre políticas para a infância e sobre género e educação para a cidadania. A par da participação em projetos europeus, trabalho de cooperação com Cabo Verde, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Macau e Brasil.
Andrea Braga Moruzzi
	Pedagoga, Mestre, Doutora e Pós Doutores em Educação. Professora na Universidade Federal de São Carlos/BR, atuando no curso de formação de professoras/es e no Programa de Pós-graduação em Educação, orientando mestrado e doutorado nos seguintes temas: Infância, Sociologia da Infância, Educação infantil, Gênero e Feminismos. Líder do Grupo de Pesquisa – _InFemis – _Infância e Feminismos. Tem experiência na área administrativa como Direção de Unidade Infantil, Coordenação de Curso de Pedagogia e Chefia Departamental.
Daniela Finco
	Professora Associada do Departamento de Educação da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH-Unifesp), campus Guarulhos – Brasil. Mestrado em Educação na área de Educação, Sociedade, Política e Cultura pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Doutorado em Educação na área de Sociologia da Educação pela Universidade de São Paulo (USP), realizando estágio doutoral no Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, em Portugal. É líder do Grupo de Pesquisa Gênero, Educação da Pequena Infância, Cultura e Sociedade na Unifesp. Sua atuação acadêmica e de pesquisa concentra-se em áreas como Pedagogia da Infância, Estudos de Gênero, Formação Docente, Sociologia da Infância e Direitos Humanos.
Carolina Faria Alvarenga
	Pedagoga, mestra e doutora em Educação. Professora do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Minas Gerais, Brasil. É líder do Grupo de Pesquisa em Educação Infantil, Diferenças de Gênero e Infâncias (GEIDI/UFLA). Atualmente, é coordenadora do curso de Pedagogia da UFLA.

Resumo:
Este Simpósio visa apresentar o trabalho de um grupo de pesquisa que integra docentes de quatro instituições portuguesas (Escola Superior de Educação – ESE Santarém, ESE Setúbal, ESE Portalegre e ESE Leiria), quatro brasileiras (Universidade Federal de São Carlos, Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal de São Paulo e Universidade Federal de Juiz de Fora) e uma de França (Centro Regional de Formação de profissionais da Infância), ligadas à investigação e formação no trabalho docente para as primeiras idades. No âmbito do convênio estabelecido entre os três países, estão organizadas duas linhas de pesquisa, a saber: uma relacionada com as práticas educativas (crianças dos zero aos seis anos) e outra relacionada com o trabalho de formação das e dos profissionais que trabalham com esse grupo etário. Num primeiro momento, estamos a privilegiar a caracterização dos contextos socioeducativos dos três países e as práticas formativas das nove instituições. Começando por clarificar o conceito de modelo, neste trabalho partimos do estudo do modelo de formação de cada instituição, caracterizando os seus fundamentos e princípios orientadores e a forma como estes se concretizam nas práticas educativas .

Dinamizadores do Simpósio 
Amélia Marchão – ESECS_ CARE_ IP de Portalegre 
Isabel Tomázio Correia – ESE _ IP de Setúbal 
Sofia Figueira – ESE_ IP de Setúbal 
Miguel Oliveira – ESECS_CI&DEI_ IP de Leiria  

Amélia Marchão
	Professora Coordenadora do Departamento de Educação e Formação do Instituto Politécnico de Portalegre. Investigadora do CARE (Centro de Investigação em Saúde e Ciências Sociais – Instituto Politécnico de Portalegre) e colaborada do CIEQV (Centro de Investigação em Qualidade de Vida – Institutos Politécnicos de: Santarém, Leiria, Setúbal, Portalegre, Beja). Atualmente é investigadora no projeto LC4Inclusion, projeto financiado pela FCT, coordenado pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.  Habilitações académicas: Pós-doutoramento em Educação, Doutoramento em Ciências da Educação, Mestrado em Supervisão, Curso de Estudos Superiores Especializados em Administração Escolar e Curso de Educadores de Infância.  Funções institucionais atuais além da docência: Coordenadora do Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º CEB e da especialização em Intervenção Precoce do Mestrado em Educação Especial. Diretora da revista Aprender. Autora e coautora de publicações nacionais e internacionais.
Isabel Tomázio Correia
	É Doutorada em Educação pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, Licenciada e Mestre em Ciências de Educação, Pós-graduada em Educação Especial no domínio Cognitivo-Motor e Intervenção Precoce e Bacharel em Educação de Infância. Desempenha funções docentes há 37 anos, sempre no âmbito da Educação de Infância – trabalho direto com crianças; coordenação de estabelecimentos educativos; intervenção em projetos sócio educativos e comunitários; diretora do Centro de Formação da Associação de Profissionais de Educação de Infância (APEI); coordenadora da Equipa Local de Intervenção Precoce do Seixal; formadora de educadores/professores, auxiliares, amas, no âmbito da formação contínua e como docente no ensino superior na formação inicial de educadores/professores. Atualmente desempenha funções como professora adjunta convidada na Escola Superior de Educação de Setúbal, na Escola Superior Jean Piaget de Almada e Escola Superior de Educação e Ciências Socias do Politécnico de Portalegre. Leciona unidades curriculares no âmbito da Pedagogia e Educação de Infância, na Licenciatura em Educação Básica, nos Mestrados de Educação Pré-escolar e Educação Pré-escolar e 1ºCEB e Educação Especial e coordena o Curso Técnico Superior Profissional – Intervenção Educativa em Creche. Publicou, individualmente e em coautoria, artigos científicos e livro.
Sofia Gago da Silva Corrêa Figueira
	Professora Adjunta da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal. Coordenadora do Mestrado em Educação Pré-Escola, membro Departamento de Ciências Sociais e Pedagogia e membro integrado no Centro de Investigação em Qualidade de Vida (CIEQV).  Doutoramento em Educação- Especialização em Formação de Professores; Especialista em Formação de Educadores de Infância; Mestrado em Ciências da Educação- Especialização em Educação de Infância; Licenciatura em Educação de Infância.  Autoria de publicações sobre as primeiras idades, nomeadamente sobre práticas em creche e sobre formação inicial de educadores de infância. Trabalho de cooperação com Guiné-Bissau, no Projeto PRECASE .
Miguel Oliveira
	É Professor Adjunto na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria (ESECS/IPL). Licenciado em Educação de Infância. Tem Pós-Graduação em Ciências da Educação – Teoria e Desenvolvimento Curricular pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Tem Doutoramento em Ciências da Educação pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Na ESECS coordena o Mestrado em Educação Pré-Escolar e a Secção de Educação no Departamento de Comunicação, Educação e Psicologia. É Supervisor de Práticas Pedagógicas e Estágios na formação inicial de educadores e professores desde o ano 2000. É Investigador Integrado no CI&DEI – Centro de Estudos em Educação e Inovação. É Presidente da Associação Nacional de Animação e Educação. Em Óbidos é deputado municipal e coordenou o primeiro Plano Educativo Estratégico Municipal. É autor e coautor de inúmeros livros e artigos científicos nacionais e internacionais sobre Educação de Infância.