La Faience

 

Théodore Deck (02.01.1823 – 15.05.1891) foi um ceramista francês. Em 1841 começa a sua formação na área da cerâmica com o mestre poêlier Hϋgelin Pai em Estrasburgo. Em 1856, abre a sua própria fábrica de faiança com o seu irmão Xavier, o Atelier Deck, tendo-se tornado num laboratório de design que promovia a cerâmica artística. De facto, a década de 1850 foi um período de experimentação e pesquisa técnica para Deck: desenvolveu novas técnicas inspirado em processos do Renascimento francês (faiança de Saint-Porchaire), na cerâmica Iznik (que terá inspirado na criação do vidrado que o tornou popular, bleu deck) e na sua contemporânea porcelana chinesa e japonesa;  assim como na criação de engobes coloridos de inspiração islâmica que, cobertos com vidrado transparente, produz um efeito brilhante e esmaltado nas peças finais. Participou em inúmeras exposições, como no Salon de 1861; nas exposições da Union Centrale em 1863 e 1874; na Exposição de Artes Industriais de Paris de 1864; e nas Exposições Universais de Londres 1862, de Paris de 1867, 1878 e 1889, de Viena de 1873, e da Filadélfia de 1876. Em 1887, foi nomeado diretor da Manufacture nationale de Sèvres. Curiosamente, no ano do seu falecimento, publica o tratado La faience (obra em exposição). Tem um museu a si dedicado (Musée Théodore Deck et des pays du Florival) na sua cidade natal de Guebwiller.

Deck reúne conhecimento sobre a faiança, desde a matéria-prima, a sua produção e a arte daí resultante. Introduz primeiramente o leitor à história deste material e a sua importância nas civilizações antigas para a criação de produtos cerâmicos, e secundariamente reúne informação sobre a fabricação cerâmica em faiança – as técnicas, composições da pasta e as produções decorativas, como vidrados, engobes e pintura. No final, apresenta uma lista de marcas de faiança, desde fábricas a ceramistas, com a respetiva ilustração.

– Monografia Online disponibilizada na “Gallica – Biblioteca digital da Biblioteca Nacional de França” – (aqui)