Partindo da premissa que as políticas para o desenvolvimento não serão eficientes – ou serão em vão – se outras políticas que não dizem respeito à Cooperação para o Desenvolvimento conduzirem a impactos negativos nos países em desenvolvimento a Coerência das Políticas para o Desenvolvimento procura interligar políticas sectoriais diversas para que os programas de cada área sejam concebidos de forma a responderem tanto às respectivas preocupações sectoriais como às de redução da pobreza e do desenvolvimento. A CPD surge como um mecanismo de monitorização a ser utilizado por parte da sociedade civil e dos cidadãos tanto em países doadores como em países receptores.
O principal problema parte da falta de comunicação e de troca de informação sobre as diversas políticas sectoriais em geral e sobre as questões do desenvolvimento em particular, entre os vários sectores políticos dos países doadores, o que conduz à concepção e implementação de políticas isoladas e passiveis de se tornarem incoerentes entre si. Políticas públicas incoerentes representam um desperdício de esforços e recursos.
A CPD é um instrumento inovador que tem assumido visibilidade quer na política de Cooperação para o Desenvolvimento da União Europeia, quer no seio do CAD-OCDE, quer em diversas organizações multilaterais. A UE procura alinhar, de forma coerente e coordenada, as suas diferentes áreas políticas de trabalho com as 12 áreas prioritárias aprovadas em 2005 pelo Conselho Europeu, de forma a evitar que estas se contrariem entre si. Apresentam-se, de seguida, as áreas consideradas prioritárias para a observância da CPD:
- Agricultura
- Alterações Climáticas
- Ambiente
- Comércio
- Dimensão Social da Globalização
- Energia
- Inovação e Pesquisa
- Migrações
- Pescas
- Segurança
- Sociedade de Informação
- Transportes