Conferência, Marco Balsinha, Uroboro – 10 de Março de 2018

Marco Balsinha

Marco Balsinha, natural de Lisboa, é licenciado em Design de Produtos pela Faculdade de Belas Artes – Universidade de Lisboa (2008) e Mestre em Design de Produto (2015) pela Escola de Artes e Design das Caldas da Rainha do Instituto Politécnico de Leiria (ESAD.CR – IPLEIRIA).
O seu trabalho de mestrado intitulado Uroboro – um vermicompostor cerâmico doméstico – tem sido distinguido com vários prémios nacionais e internacionais, tais como 1º prémio LCiP (Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia), vencedor da 2º Edição Faria Frasco da Sociedade Portuguesa de Cerâmica e Vidro e finalista Green Project Awards, entre outros.
Atualmente é designer de produto na empresa TENSAI INDÚSTRIA, S.A. integrada no subsetor da refrigeração industrial e doméstica com operações ao nível da conformação por injeção de polímeros.
Integra o “Collective Designer’s Mint” e está envolvido em diversos projetos como designer “freelancer” e de investigação.

 

uroboro

Uroboro é um vermicompostor doméstico sensível a questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental que contribui para desviar resíduos urbanos sólidos de aterros para transformá-los em matéria útil para a floricultura.
O desenho sóbrio deste produto cria condições para a prática da vermicompostagem de forma segura, constituindo um sistema vivo dentro de casa que aproxima o homem da natureza.
Neste sistema, as minhocas são utilizadas como agentes aceleradores do processo de decomposição da matéria orgânica, transformando os resíduos sólidos orgânicos domésticos em húmus.
O produto “standart” é constituído por um sistema modular de 4 peças diferentes em barro vermelho. A possibilidade de construir o sistema com mais de 4 peças, nomeadamente com a repetição de uma daquelas peças (a peça central), permite ampliar a capacidade do sistema de vermicompostagem. Por um lado, as propriedades intrínsecas do barro vermelho cozido funcionam como mediadoras de odores, humidade e temperatura. Por outro lado, a aplicação ou a ausência de vidrado em zonas específicas de certas peças garantem zonas de impermeabilidade e permeabilidade, respetivamente. O conjunto destas características garantem as condições para um processo de vermicompostagem eficiente.
O conceito do projeto tem também cariz didático, criando pontes de comunicação entre o utilizador e o processo de vermicompostagem e alertando os seus utilizadores para o problema dos Resíduos Urbanos Sólidos diariamente depositados em aterros.
Estima-se que o Uroboro permita um processamento anual máximo da ordem dos 52kg de resíduos por cada sistema “standart” utilizado.

 

Conferência – 10 de Março

Vídeo – (aqui)

 

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