A nova cerâmica das Caldas

A nova cerâmica das Caldas : Sec. XX

 

Biografia do Autor:

Joaquim Alberto Pinto Ribeiro (1921 – 1989) foi um ceramista e empresário português. Frequentou o curso de Arquitetura na Escola de Belas Artes de Lisboa em 1938, tendo-o interrompido para trabalhar como rececionista no Aviz Hotel. Aí conheceu o Mr. Dunaway, que o convidou para trabalhar no escritório da Standard Oil Co. of New Jersey (ESSO), onde permaneceu três ano, acumulando experiência comercial e organizacional e se preparou para negócios internacionais. Também conheceu Clifford Furst, um importador de artesanato americano, que pretendia exportar loiça portuguesa para os Estados Unidos. Numa sociedade com a VOLCAR, começou a construir a sua fábrica.  Ainda em 1944, nasce a Fábrica de Cerâmica Mestre Francisco Elias, assim denominada como homenagem aos oleiros locais. No ano seguinte, a sociedade fundadora da fábrica passou a designar-se VOLCAR, SARL. Em 1946, a sociedade foi desfeita e em dezembro desse ano foi fundada a SECLA – Sociedade de Exportação e Cerâmica, Lda., contando com Fernando da Ponte e Sousa, Fernando Carneiro Mendes, Vitorino Costa Vinagre e Américo Castro Arez como novos sócios, dedicando-se à louça utilitária para exportação. Em 1950, foi criado o Estúdio SECLA, em colaboração com a artista Hansi Staël, que funcionou até 1970. Este projeto pretendia renovar a cerâmica de autor, possibilitando a colaboração de artistas com a fábrica, com o objetivo de responder aos desafios que o mercado internacional, sobretudo ao norte-americano, colocava à época. Enquanto gerente de fábrica, Pinto Ribeiro participava ativamente no dia-a-dia da fábrica: na orientação técnica (responsável pelo laboratório, criado para o controlo de produção das pastas; e estudo de livros e revistas estrangeiros para atualização técnica e tecnológica da fábrica), no design (criação dos modelos da produção corrente), no contacto com os clientes (até 1965, mais de 60% da produção era exportada para mais de 40 países europeus e americanos) e na gestão comercial e empresarial. Foi professor de Química Tecnológica na Escola Industrial e Comercial das Caldas, contratado por Despacho Ministerial de 24 de maio de 1955. A seu pedido, deixou de ser sócio-gerente da SECLA em 1966, continuando a apoiá-la nas vendas e a fazer parte do Conselho de Administração. Regressou a Lisboa e criou uma nova empresa, uma agência de compradores estrangeiros de cerâmica, vidro, casquinha e artesanato. Em 1974, pediu a demissão da SECLA.

 

Resumo da Monografia:

Esta obra conta a génese, a criação e as fases de desenvolvimento da SECLA – Sociedade de Exportação e Cerâmica, Lda, na voz do seu fundador, Joaquim Alberto Pinto Ribeiro. Amplamente ilustrado, também discorre sobre o Estúdio SECLA e os artistas que aí trabalharam, amplamente ilustrando as suas criações, e termina com a sua saída da SECLA.

 

– RIBEIRO, Alberto Pinto – A nova cerâmica das Caldas : Sec. XX. [S.l.]: Edição do autor, 1989. 143 p.

 

Deixe um comentário