Apresentação

A esperança na construção de um Mundo em que a diversidade é sustentada no respeito e na dignificação de cada ser humano, que crescendo em sociedade é convidado a agir sob a matriz do princípio da solidariedade em ordem ao bem comum, é um dos motores de progresso das civilizações humanas. Mas, para que o Mundo evolua desta forma integrada é necessário que façamos algo, que sejamos proativos, que não fiquemos na expetativa da ação dos outros.

A Educação é ela própria uma importante ferramenta de empoderamento individual e, consequentemente, de progresso das sociedades, dando a conhecer novas formas de ser e de estar, novas formas de agir e de intervir socialmente, ajudando à construção de uma consciência cívica e de uma responsabilidade comprometida perante os problemas coletivos.

A Educação é cada vez mais entendida como um direito, em qualquer idade da vida. No caso dos cidadãos seniores, o acesso a contextos educativos, facilita o envolvimento em atividades intelectual e socialmente estimulantes, contribuindo para um envelhecimento ativo e saudável. Facilita, também, a participação na vida das comunidades de pertença e a continuidade das relações intergeracionais. 

Não podemos, aliás, deixar de notar que o exercício da cidadania se faz a várias mãos e com várias vozes, sem idade. É sabido, não existem cidadãos de primeira nem de segunda existem cidadãos, sendo responsabilidade de todos o agir em e na Comunidade. O compromisso que se quer pessoal será tanto mais forte quanto o nós substituir um tipo de individualismo focado apenas em interesses descontextualizados do eu. Porque não uma cidadania de proximidade concretizada com pequenas ações do quotidiano comum, acessíveis a todos e que, por isso, responsabilizam cada um? Porque não uma cidadania de proximidade através da qual são valorizadas as pequenas ações e o efeito de contágio que podem ter, motivadoras de um entusiasmo contagiante, e está mesmo ao lado de cada um?