“É difícil acreditar que o Gana foi, em tempos, visto como a grande esperança da África Ocidental, um país que combinava uma economia dinâmica e sustentável com um sistema político estável e democrático. Tudo se desfez sob a influência da chamada ‘maldição dos recursos naturais’, na forma do petróleo e do gás descobertos no início do século XXI” [Oxfam. 2014. Event it Up: Time to End Extreme Inequality.].Hoje, sem um salário mínimo estabelecido, um trabalhador ganha, em média, 0,5$ por hora.
Poucos são aqueles que se podem dar ao luxo de comprar água potável; a maioria é obrigada a recorrer à água poluída dos rios e dos poços. Assim, não é surpreendente a frequência com que ocorrem surtos de cólera, e a mortalidade infantil é das mais altas da região. A eletricidade é uma comodidade rara, a maioria da população do continente tem apenas algumas horas de eletricidade por dia, o que leva ao aumento da insegurança. O sistema educativo e a saúde são privados, impedindo o acesso por parte da grande maioria da população.
Contudo, sendo um país rico em recursos naturais (rico em recursos que não podem ser saqueados – petróleo e gás), uma pequena elite, a elite governativa, tem vindo a lucrar com a venda dos recursos do país aos estrangeiros que pagam mais. A riqueza do Gana não se reflete nas condições de vida da população.
Qual é a cura para a maldição/ doença do petróleo e do gás no Gana? O que pode ser feito?
[Maldição dos Recursos Naturais: a exportação de recursos naturais leva a um aumento do valor da moeda do país comparativamente a outras moedas, o que faz com que as outras exportações do país não sejam competitivas. À medida que as receitas do petróleo foram aumentando, as restantes exportações do país deixaram de ser lucrativas, o que levou ao colapso da produção (Collier. 2008). Ademais, a dependência de recursos naturais tende a levar ao mau funcionamento das democracias, pois o aumento das receitas do petróleo e do gás é acompanhado por um aumento da probabilidade da corrupção das instituições governativas (há excepções, claro, como é o caso da Noruega).
Saiba mais no Relatório da Oxfam “Event it Up: Time to End Extreme Inequality”.
“It is hard to believet that Ghana was once seen as the great hope of West Africa, a country that combined a dynamic and sustainable economy with an impressively stable and democratic political system. All that fell apart under the influence of the – ‘resource curse’ – or the ‘curse of wealth’, in the shape of oil and gas finds in the early years of the 21st century” [Oxfam. 2014. Event it Up: Time to End Extreme Inequality. p. 71]. Today, with no minimum wage, the average worker earns 0.5$ per hour.
Few can afford to buy drinking water from tankers; the majority of the population has no other choice but to drink polluted water from rivers and wells. Unsurprisingly, cholera outbreaks are frequent and child and infant mortality is one of the highest in the region, Electricity is a rare comodity, most ghanians in the mainland have a few hours of electricity per day, increasing the fear of assault. Education and health are privatized, and the majority of the population doesn’t have the means to access it.
However, being a resource-rich country (rich in legal non-lootable resources – oil and gas), a small elite, the governing elite, has been profiting from the country’s resources, selling to the highest foreign-bidder. The wealthness of Ghana has no reflection of the population’s livelihood.
What is the ‘cure’ for the oil and gas curse/ disease in Ghana? What can be done?
[Resource Curse: “the resource exports cause the country’s currency to rise in value against other currencies. This makes the country’s other export activities uncompetitive. (…) As oil revenues built up, the country’s other exports became unprofitable, and production rapidly collapsed” (Collier. 2008). Furthermore, natural resource dependence tends to make democracies malfunction, as revenues from oil and gas inncrease the likelihood of corruption in the government].
Learn more in the Oxfam Report “Event it Up: Time to End Extreme Inequality”